A Voz do Silêncio.

Quando os sentidos falam, a mente se cala.

Quando a mente fala, a alma se cala.

Somente em total silêncio verbal e mental pode a alma falar.

E esse falar é profundo silêncio

- como o nascer do Sol,

- como a luz das estrelas,

- como o perfume das flores,

- como o amor do espírito,

- como os vastos desertos,

- como o cume das montanhas.

O colóquio da alma com Deus e o solilóquio da alma consigo mesma é a Voz do Silêncio.

Esse silêncio é plenitude.

Esse silêncio é presença.

Esse silêncio é Verdade.

A Verdade não pode ser pensada.

A Verdade não pode ser falada.

A Verdade só pode ser calada.

Quando a Verdade invade o homem, torna-se ele silêncio dinâmico como a alma do Universo, cujo profundo Ser transborda em vasto Agir.

E esse silencioso Ser, que parece ausência e vacuidade, é Infinita presença e transbordante plenitude.

O homem que ouviu a Voz do Silêncio é tão feliz que nenhum ruído externo o pode tornar infeliz. Todas as circunstâncias são dominadas por sua substância.