Cientistas europeus vão procurar vida em Júpiter.
Cientistas europeus planejam enviar equipamentos espaciais a Júpiter e sua lua Europa em busca de sinais de vida. Cientistas suspeitam que possa haver vida debaixo das crostas de gelo perpétuo que recobrem a superfície do satélite, informou nesta terça-feira um especialista russo.
O diretor do Instituto de Investigações Cósmicas da Academia de Ciências russo, Lev Zelioniy, afirmou que o projeto, que deve ser incluído no programa da ESA (agência espacial européia) para o período entre 2015 e 2025, prevê o lançamento de vários satélites até Júpiter.
Entretanto, o principal objetivo é "estudar o satélite Europa, onde de baixo de uma grossa crosta de gelo foi descoberto um oceano de água em estado líquido", afirma Zelioniy.
De acordo com o cientista, a ESA por enquanto planeja colocar na órbita de Júpiter e Europa apenas dois satélites espaciais, ainda que os russos tenham proposto o lançamento de um terceiro aparelho que possa pousar na superfície do satélite.
Vida no gelo
Zelioniy afirma que na superfície de Europa se formam inúmeras rachaduras em razão do impacto de meteoritos, que rompem a crosta de gelo. Por meio dessas ranhuras é que a água vai até a superfície, onde se congela.
"O satélite deve aterrissar em uma dessas rachaduras, para fundir o gelo a uma profundidade de meio metro e buscar formas primitivas de vida", afirmou o pesquisador, em declarações à agência Interfax.
"Onde há água, pode haver germinado a vida. Deste ponto de vista, o satélite Europa é, talvez, o lugar mais curioso do nosso sistema solar, depois de Marte", afirma.
Além da ESA, estão envolvidos no projeto o Instituto de Investigações Cósmicas da Academia de Ciências da Rússia e outras entidades do país especializados em estudos espaciais.