Busca por ETs anuncia que precisa de mais voluntários.

SÃO PAULO - Uma nova remessa de dados do radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico, está levando o projeto de computação distribuída de  busca por inteligência extraterrestre, o SETI@home, a procurar mais voluntários. Desde que foi lançado, há oito anos, o projeto já reuniu mais de 5 milhões de participantes, que doam tempo livre de seus computadores para o processamento de ondas de rádio vindas do espaço.

 http://setiathome.berkeley.edu/

Agora, de acordo com o Laboratório de Ciências Espaciais da Universidade da Califórnia em Berkeley, que encabeça o projeto, um aumento na sensibilidade do telescópio de Arecibo está gerando 500 vezes mais dados: Arecibo passou a registrar sinais de sete regiões do céu simultaneamente, em vez de uma de cada vez. O laboratório diz que o software do SETI@home já foi atualizado para administrar a sobrecarga.

Os voluntários baixam para seus computadores, pela internet, o programa do SETI@home. Esse programa recebe remessas de trabalho a realizar, que é executado quando o computador permanece ligado, mas ocioso.

De acordo com o cientista Eric Korpela, um dos responsáveis pelo projeto, os novos dados correspondem a 300 gigabytes ao dia. Em um ano, o volume de dados equivale ao estocado na Biblioteca do Congresso dos EUA.

A sigla SETI significa Search for Extraterrestrial Intelligence, ou "busca por inteligência extraterrestre". Essa busca é feita com a captação de ondas de rádio vindas do espaço, que depois são analisadas na expectativa de que contenham sinais de uma origem artificial. É essa análise que os computadores ligados ao SETI@home fazem.

A busca por mensagens de rádio do espaço existe há décadas e já deu origem a diversas histórias de ficção científica, como os filmes A Experiência e Contato mas, na vida real, ainda não detectou nenhum sinal de civilizações extraterrestres.