O véu de uma recordação cósmica.


As estrelas nascem e morrem em um processo contínuo, desde o início do Universo. Mas como elas nascem, o tempo que elas vivem e como elas morrem são características ditadas pela sua quantidade de massa. Estrelas com mais massa têm uma vida de mais luz, mais calor e mais brilho, mas morrem mais rápido em explosões de supernovas espetaculares. Uma dessas explosões ocorreu há uns 5 ou 10 mil anos e espalhou elementos químicos pesados pela galáxia. Mas também deixou uma bela recordação.



Esta imagem do Telescópio Espacial Hubble mostra detalhes sem precedentes da Nebulosa do Véu, também conhecida como Laço de Cygnus, uma verdadeira bolha em expansão. Essa bolha foi criada por uma onda de choque se propagando a 600 mil quilômetros por hora, resultante da explosão de uma supernova. Quando essa onda se choca com o gás do meio interestelar, a temperatura atinge milhões de graus. Quando o gás esfria, começa a brilhar com cores variadas que denunciam as diferentes espécies químicas presentes nele. As imagens em si foram obtidas com a Câmera Planetária e de Campo Largo do Hubble e ressaltam emissão proveniente do enxofre, hidrogênio e oxigênio.

A Nebulosa do Véu tem sido sido usada como base para o estudo de remanescentes de supernova de “meia-idade”, ou seja, supernovas não muito recentes. Isso porque ela está a apenas uns 1.500 anos-luz e pode revelar detalhes fantásticos como esses, além de se espalhar por três graus no céu, representando quase o espaço ocupado por seis Luas Cheias.

Alguns desses detalhes mostram que a nebulosa é formada por feixes de filamentos brilhantes e alguma névoa colorida permeando esses feixes. Tanto os filamentos quanto a névoa têm origem no mesmo princípio: a onda de choque. O que diferencia um caso do outro é a geometria; no caso dos filamentos, a onda de choque é vista de perfil, enquanto a névoa mostra a onda de choque vista de frente.

Assim funciona o ciclo de enriquecimento químico da galáxia. Uma supernova como essa que explodiu há 10 mil anos sintetiza e espalha elementos químicos no meio interestelar e esse material contamina o gás. Depois de milhões de anos, o gás pode se condensar e formar outras estrelas. Da mesma nuvem que formou essa estrela de segunda geração podem se formar planetas, que carregam os elementos químicos gerados lá naquela explosão. Essa é a origem de iodo, ouro, mercúrio e chumbo, por exemplo, que hoje temos aqui na Terra.

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