Nova teoria reforça hipótese de que Marte teve oceano.

Variação no eixo do planeta poderia explicar anomalias nos ´litorais´ marcianos.

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Ilustração de como Marte seria bilhões de anos atrás, com um grande oceano

WASHINGTON - Cientistas encontraram novas evidências para apoiar a teoria de que Marte já teve grandes oceanos. Publicada na edição desta semana da revista Nature, a pesquisa sugere que mudanças na orientação de Marte em relação a seu eixo de rotação podem ser responsáveis pelas grandes variações nas características do planeta que se assemelham a linhas de litoral.

Cientistas estudam essas características há mais de 30 anos, e o estudo atual apresenta uma explicação alternativa para sua formação. O trabalho atual procura demonstrar que as irregularidades nos supostos litorais marcianos teriam sido causadas por uma "verdadeira deriva polar". Por meio deste fenômeno, o eixo de rotação de Marte - e os pólos do planeta - teria se deslocado mais de 3.000 km pela superfície, em algum momento ao longo dos últimos 2 a 3 bilhões de anos.

Planetas em rotação desenvolvem protuberâncias na linha do equador, e superfícies sólidas deformam-se diferentemente de superfícies oceânicas. Como resultado, a topografia dos litorais alterou-se à medida que o eixo se deslocava.

Nos anos 90, a sonda Mars Global Surveyor, da Nasa, mapeou a topografia marciana e determinou que antigos litorais com 2 a 4 bilhões de anos, conhecidos como Deuteronilus e Arabia, tinham variações de elevação de cerca de 1 km e de mais de 2 km, respectivamente. Em contraste, variações de elevação nos litorais da Terra são muito mais suaves, o que levou muitos especialistas a citar a evidência da sonda como argumento contra a existência de oceanos no passado de Marte.

Agora, no entanto, a equipe que publica seus achados na Nature argumenta que uma deriva polar, combinada com a presença de oceanos, poderia explicar as variações extraordinárias de Deuteronilus e Arábia.

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