Um terço dos correspondentes de guerra sofre com traumas, diz pesquisa.
Madri, 22 mai (EFE).- Um em cada três correspondentes de guerra sofre de estresse pós-traumático depois de trabalhar na cobertura de alguma tragédia, segundo uma pesquisa do Dart Center for Journalism and Trauma, divulgada hoje por seu diretor para a Europa, Mark Brayne.
No debate "O jornalista frente à tragédia", organizado pela Asociación Nacional de Informadores de la Salud, da Espanha, Brayne explicou que acidentes, incêndios, assassinatos, guerras ou desastres naturais originam "cenas traumáticas que ficam na memória coletiva". Por isso, "é responsabilidade do jornalista dar um tratamento informativo diferente".
Segundo Brayne, jornalista e professor, "quando explode uma bomba", os profissionais que vão para o local do fato em vez de fugir são as forças de segurança, de saúde e os jornalistas. "Estes últimos são os únicos que não estão formados para enfrentar essas situações", disse.
"Assim como o jornalista esportivo conhece as regras do jogo" da partida que vai cobrir, deveria ocorrer o mesmo com os jornalistas de tragédias ou correspondentes de guerra. Segundo ele, "se estiverem preparados para o trauma, não sofrerão danos irreversíveis depois".
O desafio pessoal de Brayne é ensinar os jornalistas a tratar e informar estes fatos, porque "farão melhores entrevistas se tiverem consciência da situação das vítimas, em vez de perguntar como elas se sentem". Para ele, "colocar a humanidade na frente" ajuda a evitar erros como mudar a história "para que adaptá-la ao estereótipo que se quer narrar", fazer perguntas "cujas respostas pode-se averiguar facilmente" ou não gastar "alguns minutos para criar uma mínima relação de confiança com a vítima".
O inglês Brayne foi correspondente de guerra no período da Guerra Fria. De acordo com sua experiência, os jornalistas que cobrem confrontos sofrem problemas de concentração, de memória, alterações do sono, pesadelos, irritabilidade ou anti-sociabilidade como "reação normal a uma experiência traumática".
"A solução não é ir a um psicólogo, nem se medicar", mas obter "compreensão, ambiente de apoio social, e assim melhorar", acrescentou.
No debate "O jornalista frente à tragédia", organizado pela Asociación Nacional de Informadores de la Salud, da Espanha, Brayne explicou que acidentes, incêndios, assassinatos, guerras ou desastres naturais originam "cenas traumáticas que ficam na memória coletiva". Por isso, "é responsabilidade do jornalista dar um tratamento informativo diferente".
Segundo Brayne, jornalista e professor, "quando explode uma bomba", os profissionais que vão para o local do fato em vez de fugir são as forças de segurança, de saúde e os jornalistas. "Estes últimos são os únicos que não estão formados para enfrentar essas situações", disse.
"Assim como o jornalista esportivo conhece as regras do jogo" da partida que vai cobrir, deveria ocorrer o mesmo com os jornalistas de tragédias ou correspondentes de guerra. Segundo ele, "se estiverem preparados para o trauma, não sofrerão danos irreversíveis depois".
O desafio pessoal de Brayne é ensinar os jornalistas a tratar e informar estes fatos, porque "farão melhores entrevistas se tiverem consciência da situação das vítimas, em vez de perguntar como elas se sentem". Para ele, "colocar a humanidade na frente" ajuda a evitar erros como mudar a história "para que adaptá-la ao estereótipo que se quer narrar", fazer perguntas "cujas respostas pode-se averiguar facilmente" ou não gastar "alguns minutos para criar uma mínima relação de confiança com a vítima".
O inglês Brayne foi correspondente de guerra no período da Guerra Fria. De acordo com sua experiência, os jornalistas que cobrem confrontos sofrem problemas de concentração, de memória, alterações do sono, pesadelos, irritabilidade ou anti-sociabilidade como "reação normal a uma experiência traumática".
"A solução não é ir a um psicólogo, nem se medicar", mas obter "compreensão, ambiente de apoio social, e assim melhorar", acrescentou.