Sentimento de injustiça pode aumentar riscos de enfarte, diz estudo.

 
 
Sensação de injustiça traria mudanças no organismo
Um estudo realizado na Grã-Bretanha mostra que pessoas que se sentem injustiçadas em casa ou em suas relações pessoais podem ter mais risco de desenvolver doenças cardíacas.

Segundo os pesquisadores da University College London (UCL), este tipo de sentimento gera emoções negativas que podem provocar mudanças nas reações bioquímicas do organismo.

A pesquisa, publicada na Revista de Epidemiologia e Saúde Pública, avaliou 8 mil funcionários públicos britânicos e descartou as situações de injustiça vividas no trabalho e outros fatores de risco, como o fumo e a obesidade.

Os estudiosos descobriram que aqueles voluntários que se sentiam injustiçados de alguma maneira tinham 55% mais chance de sofrer um ataque cardíaco ou angina.

Novos estudos

Mas Roberto de Vogli, o principal autor da pesquisa, reconheceu que ainda são necessários novos estudos para confirmar o mecanismo que ligaria os dois fatores.

"Independentemente disso, precisamos tentar promover mais justiça na sociedade", afirmou.

O estudo foi em parte contestado por outras entidades especializadas.

Neil Poulter, professor de medicina cardiovascular preventiva no Imperial College London, lembrou que é difícil dissociar os efeitos do sentimento de injustiça de outros fatores de risco.