Atrasa a construção do maior colisor de partículas do mundo.
Representantes do Cern disseram que os possíveis atrasos são resultado da falha de um gigantesco magneto, em março, e de problemas de refrigeração.
Associated Press
GENEBRA - O mais ambicioso colisor de partículas do mundo - que, cientistas esperam, poderá revelar do que a matéria é feita - talvez só entre em funcionamento pleno no próximo ano, meses depois do prazo estipulado, disseram representantes da Organização Européia para Pesquisa Nuclear, ou Cern.
Cientistas lutam para redesenhar uma importante peça do colisor - localizado em um túnel que percorre o subsolo de terras de França e Suíça - que se quebrou "com um estrondo forte e uma nuvem de poeira" durante um teste de alta pressão, no mês passado.
Representantes do Cern disseram que os possíveis atrasos são resultado da falha do magneto, e da eficiência dos sistemas de refrigeração, menor do que o esperado para o túnel de 27 km.
A meta do experimento a ser realizado no colisor é fazer com que partículas subatômicas - no caso, prótons - viagem a velocidades próximas à da luz antes de fazê-las colidir, emitindo uma chuva de partículas ainda menores, que revelarão mistérios sobre a estrutura da matéria.
"É possível, mesmo provável, que a meta de novembro caia do mapa que entremos direto da corrida de alta energia na próxima primavera (do hemisfério Norte)", disse o porta-voz do Cern, James Gillies.
A peça que falhou em 27 de março era um gigantesco magneto, projetado para focalizar os feixes de prótons e fazê-los colidir.