Cientistas determinam fator que torna bactérias infecciosas.


Pesquisa traça a estrutura de uma proteína responsável por acionar os genes que tornam bactérias, como a da peste, perigosas para outros organismos.

COLUMBUS, EUA - Um novo estudo sugere que as bactérias que causam doenças como peste bubônica e problemas gástricos graves podem ligar ou desligar os genes que as tornam infecciosas.

Saber como bactérias como a Yersinia pestis e a E. coli fazem isso poderá levar a drogas para suprimir a expressão desses genes, diz um dos co-autores do estudo, Vladimir Svetlov, da Ohio State University. As descobertas serão descritas na edição desta sexta-feira, 13, do periódico Molecular Cell.

A expressão dos genes - o processo que os ativa - é controlado por proteínas chamadas fatores de transcrição. O fator mais comum nas bactérias conhecidas pela humanidade é o chamado NUsG, mas um outro fator, altamente especializado - o RfaH - controla uma pequena proporção dos genes, incluindo os que dão à E. coli e Y. pestis o poder de infectar.

Os pesquisadores dizem que seu estudo é, provavelmente, o primeiro a determinar a estrutura do RfaH.

Usando técnicas especiais de raios-X, os cientistas estudaram e descreveram proteínas do RfaH, extraídas da E. coli. Descobriram que cerca de dois terços da estrutura desse fator se assemelha à do NusG, mas que o terço restante é dramaticamente diverso. É esta última parte que parece controlar os genes que tornam a bactéria infecciosa.