Separação entre humano e macaco foi recente.

Um estudo novo --e candidato a gerar controvérsia-- aponta que a separação evolutiva entre humanos e chimpanzés ocorreu há apenas 4 milhões de anos.

O período é o mais recente já estimado e contesta medidas normalmente aceitas por biólogos, segundo as quais os últimos ancestrais em comum entre homens e macacos teriam vivido entre 5 milhões e 7 milhões de anos atrás. O novo estudo foi feito com base em análises do DNA de humanos, chimpanzés, gorilas e orangotangos.

A datação mais recente surgiu porque os autores do trabalho, publicado na revista "PloS Genetics", usaram uma nova metodologia.

Os cientistas, liderados por Asger Hobolth, da Universidade do Estado da Carolina do Norte (EUA), desenvolveram uma nova matemática para lidar com aquilo que os biólogos chamam de "relógio molecular".

Ao medir a quantidade de diferenças no DNA entre um indivíduo e outro, é possível estimar quando viveu o ancestral em comum entre os dois.