Justiça russa se recusa a proibir ensino da evolução.

Maria Shreiber, de 16 anos, alegava que o ensino da teoria da evolução das espécies na escola violava seus direitos e insultava suas crenças religiosas.

Associated Press

SÃO PETERSBURGO, RÚSSIA - Uma corte russa rejeitou uma ação aberta por uma jovem de 16 anos, que afirmava que o ensino da teoria da evolução na escola violava seus direitos e insultava suas crenças religiosas. Kirill Shreiber, pai da estudante, Maria, disse que já esperava esse veredicto, e que apelará a instâncias superiores.

"Nossa missão continua: destronar a teoria de Darwin. As pessoas não devem acreditar para sempre na bobagem completa que é o darwinismo", disse Shreiber. "O homem é resultado da criação de Deus, e muitos cientistas partilham desse ponto de vista".

A corte emitiu o veredicto em uma audiência breve, e informa que a justificativa será publicada logo.

Maria Shreiber alega que o livro-texto de Biologia adotado em sua escola é ofensivo para os crentes, e que os professores deveriam oferecer uma explicação alternativa à teoria de Darwin. O pai informa que a menina abandonou os estudos depois de receber notas baixas, que ele atribui ao preconceito dos professores.

O processo é o primeiro do tipo na Rússia.