Cérebro pode criar novos neurônios, diz estudo.

 
Células regenerativas foram descobertas "estocadas" no cérebro
Pesquisadores neozelandeses e suecos descobriram um tipo de célula no cérebro que se regenera de forma contínua.

Os pesquisadores da Universidade de Auckland, Nova Zelândia, e da Academia Sahigrenska, na Suécia, mostraram que o cérebro "estoca" células-tronco que migram para criar novas células que processam o olfato.

As células-tronco – que podem se conformar a diferentes tipos de tecido – ficam "em repouso" em cavidades chamadas ventrículos cerebrais.

Em ratos e camundongos, demonstrou-se que de lá elas viajam até o bulbo olfativo – a região do cérebro que registra cheiros – transformando-se em neurônios durante o trajeto.

Este mecanismo não havia demonstrado em humanos. Agora, os pesquisadores identificaram o tubo que continha células-tronco se transformando em neurônios durante o trajeto.

Os cientistas agora precisam descobrir como estas células conseguem chegar à parte certa do cérebro.

Especialistas afirmam que a descoberta, publicada na revista Science, abre espaço para pesquisas no tratamento de doenças do cérebro, como o mal de Alzheimer.

"Entender a biologia de células-tronco é essencial para estudar formas de reparar o cérebro em doenças neurodegenerativas como mal de Alzheimer", disse o professor Sebastian Brandner, chefe da divisão de neuropatologia no Instituto de Neurologia, University College em Londres.

"E é até possível que células-tronco sejam a fonte de alguns tumores no cérebro", ele afirmou.