Anestésico pode causar Alzheimer, diz pesquisa.
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Pesquisadores americanos investigam se um anestésico utilizado com freqüência em hospitais pode causar alterações no cérebro ligadas ao Mal de Alzheimer.
Em pesquisa divulgada nesta quarta-feira na publicação médica Journal of Neuroscience, os cientistas do Instituto Geral de Massachusetts para Doenças Neurodegenerativas recomendam cautela na aplicação do isoflurano em pessoas idosas. Segundo eles, o anestésico poderia está ligado à morte de células cerebrais. A doença de Alzheimer é uma doença cerebral progressiva, degenerativa e irreversível, caracterizada pela formação de placas constituídas de proteína amilóide-beta, que mata células cerebrais. A equipe descobriu que o isoflurano aumenta a atividade de uma enzima chamada caspase, que por sua vez sua ajuda no desenvolvimento de amilóide-beta e colabora com o processo de matar células – chamado de apoptose. "Redução" cerebral "Nosso estudo demonstrou que o isoflurano pode levar a um ciclo vicioso de apoptose, geração de amilóide-beta e mais ciclos de apoptose", disse o médico Zhogcong Xie, que liderou a pesquisa. A chefe de pesquisas da Sociedade de Alzheimer da Grã-Bretanha, Susanne Sorensen, disse que cerca de 10% das pessoas que recebem anestesia para se submeter a uma cirurgia grande sofrem uma "redução" cerebral. "Isto envolve problemas permanentes com a memória e a atenção, mas ainda não está claro se esta redução pode aumentar o risco de uma pessoa de desenvolver o Mal de Alzheimer", explicou. Os cientistas disseram que pacientes mais velhos, que já têm propensão a desenvolver degeneração cerebral, são mais suscetíveis aos efeitos. Outros estudos serão realizados para verificar se as observações também valem para pacientes mais jovens. Remédios ou venenos? Ler Cataflan e Voltaren elevam risco de ataque cardíaco, diz análise. Ler |