Sonda fotografa nuvem gigante no pólo norte de Titã.
A descoberta reforça a hipótese de que o metano chove sobre a superfície da lua de Saturno, acumulando-se em lagos, e depois evapora, criando nuvens.
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PARIS - Um gigantesca nuvem, com metade da área dos Estados Unidos, foi fotografada na lua Titã, do planeta Saturno, pela sonda Cassini. A nuvem pode ser responsável pelo material que preenche os lagos descobertos em Titã em 2006, pelo radar da Cassini.
Encoberta pela sombra do inverno, esta nuvem agora torna-se visível, na medida em que o inverno dá lugar à primavera. Ela se estende até os 60º de latitude, tem cerca de 2400 quilômetros de diâmetro e engole quase todo o pólo norte.
"Sabíamos que a nuvem teria de estar lá, mas ficamos abismados com o tamanho e a estrutura", disse o cientista Christophe Sotin, da Universidade de Nantes, na França. "Esse sistema de nuvens pode ser um elemento chave na formação de matéria orgânica e na interação dessa matéria com a superfície".
Em 2006, a equipe que analisa os dados levantados pela Cassini havia informado a presença de lagos no pólo norte, alguns parcialmente preenchidos e outros pareciam ter evaporado, possivelmente contribuindo para essa formação de nuvens, que são feitas de etano, metano e outras substâncias orgânicas.
A descoberta reforça a hipótese de que o metano chove sobre a superfície, formando lagos, e depois evapora, dando origem a nuvens.