Astrônomos vêem os mais distantes aglomerados de estrelas.
Ocultas no pano de fundo de uma foto feita pelo telescópio Hubble, manchas de luz revelaram-se sinais de conjuntos de estrelas de 10 bilhões de anos atrás.
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WASHINGTON - Pesquisadores encontraram a população de aglomerados estelares mais distante já vista, oculta atrás de um dos agrupamentos de estrelas mais próximos da Terra. A uma distância de mais de um bilhão de anos-luz, os aglomerados recém-descobertos oferecem um vislumbre de como sistemas semelhantes, encontrados em nossa própria galáxia, eram no passado.
"Dada a distância, a luz que vemos hoje, desses aglomerados, foi emitida a mais de um bilhão de anos e pode trazer pistas importantes para a compreensão a evolução dos aglomerados globulares", disse Jason Kalirai, da Universidade da Califórnia, Santa Cruz, que apresenta a descoberta na reunião da Sociedade Astronômica Americana em Seattle.
Kalirai, ao lado de Harvey Richer, da universidade de British Columbia,liderou o estudo, que começou como uma análise de um aglomerado localizado dentro da Via-Láctea, NGC 6397. Os pesquisadores obtiveram uma das imagens de maior profundidade já feitas pelo Telescópio Espacial Hubble.
As imagens das estrelas de NGC 6397 ajudaram a compreender melhor o aglomerado. Ocultas no pano de fundo, porém, estavam imagens que podem trazer oportunidades ainda maiores, diz Kalirai. Na população de estrelas e galáxias atrás de NGC 6397, o Hubble revelou uma grande galáxia espiral que contém diversas centenas de aglomerados globulares.
Embora cada aglomerado provavelmente contenha centenas ou milhares de estrelas, elas estão tão distantes da Terra que cada um dos aglomerados aparece na imagem como um ponto de luz único.
A despeito disso, a luz de 10 bilhões de anos atrás carrega importantes informações, diz Kalirai. "As propriedades que deduzirmos para esses aglomerados poderão representar uma pista importante para a compreensão" do passado de estruturas dentro da Via-Láctea, afirma ele.