Intensidade do próximo ciclo solar divide cientistas.


Governos e empresas cada vez mais dependem de previsões do clima espacial para se proteger contra falhas de eletricidade e em satélites de comunicação.

AP

SAN FRANCISCO, EUA - Cientistas não conseguem chegar a uma conclusão quanto à severidade do próximo ciclo de manchas solares, que poderá produzir potentes tempestades no Sol, capazes de comprometer sistemas de comunicação e de energia na Terra.

Um comitê de especialistas na previsão do "clima" no espaço vem analisando cerca de 40 previsões, vindas de 15 países, que diferem bastante no nível de intensidade esperado para o próximo ciclo. O grupo, chefiado pela Administração Nacional de Atmosfera e Oceano (NOAA) e financiado pela Nasa, pretende emitir uma conclusão oficial em 2007.

Cientistas observam manchas solares - nódoas escuras na face do Sol - desde os tempos de Galileu, mas são incapazes de prever, com precisão, a severidade das erupções associadas às manchas.

O debate sobre o próximo ciclo, conhecido como ciclo solar 24, tem sido "apaixonado", disse o líder do comitê, o físico Douglas Biesecker.

Nenhuma previsão clara emergiu das diversas simulações de computador criadas para avaliar a atividade do Sol, explicou ele. As previsões variam tanto que o número estimado de manchas solares futuras vai de 42 a 185.

Governos e empresas cada vez mais dependem de previsões do clima espacial para se proteger contra falhas em redes de distribuição de eletricidade e em satélites de comunicação que podem ocorrer quando tempestades no Sol emitem radiação e partículas em direção à Terra.