Estudo liga apego a bens materiais à falta de auto-estima.
O apego a bens como brinquedos, dinheiro e material esportivo cresce a partir da infância e até o início da adolescência, mas depois cai, de acordo com a pesquisa.
CHAMPAIGN, EUA - Pesquisadores americanos realizaram um estudo para determinar como o gosto por bens materiais, como roupas de grife e equipamentos eletrônicos caros, surge e evolui nos jovens - um assunto que costuma ressurgir na época das festas de fim de ano.
O desejo por bens de consumo "sempre interessou os pesquisadores, mas a pesquisa vinha se centrando em consumidores adultos, não crianças", disse o professor de Marketing da Universidade de Illinois, Lan Nguyen Chaplin. Para estudar o fenômeno do consumismo na juventude, Chaplin e Deborah Roedder John, da Universidade de Minnesota, analisaram três faixas etárias - 8 a 9 anos, 12 a 13 anos e 16 a 18 anos.
A pesquisa mostrou que o apego a bens materiais - como bichinhos de pelúcia, dinheiro, material esportivo - cresce em relação à valorização de bens imateriais - como estar com os amigos, ter sucesso nos esportes e ajudar os outros - entre as faixas de 8-9 anos e 12-13 anos, mas cai dos 12-13 para os 16-18.
Em um segundo estudo, os pesquisadores determinaram que a auto-estima é um fator essencial no apego a bens materiais. Crianças com baixa auto-estima valorizam suas posses muito mais que as crianças de alta auto-estima.
Além disso, os valores consumistas do início da adolescência relacionam-se diretamente a uma "grave queda da auto-estima que ocorre entre os 12-13 anos".
O trabalho será publicado na revista especializada Journal of Consumer Research.