Descoberta em Israel cidade do início da expansão islâmica.
Foram localizadas inscrições de orações cristãs em grego e moedas de bronze com os dizeres, em árabe: ´Não há Deus além de Deus, e seu profeta é Maomé.
EFE
JERUSALÉM - Arqueólogos israelenses descobriram, entre Jerusalém e Tel-Aviv, as ruínas de uma localidade habitada por judeus e cristãos, que data do início do período islâmico e das cruzadas, informou a Autoridade de Antigüidades de Israel.
O jornal Jerusalem Post informa que são restos de um povoado de 6.000 metros quadrados, situada na localidade de Mishmar David.
Seu descobrimento aconteceu durante uma escavação para encontrar possíveis ruínas antes de se começar a construção de modernos edifícios de apartamentos.
Os arqueólogos do organismo estatal encontraram ruínas de casas residenciais e edifícios públicos, de mansões, ruas e uma área de manufatura que abrigava também instalações agrícolas.
Entre esses restos, também acharam um edifício de construção circular com uns dez metros de diâmetro - nunca visto em outras escavações efetuadas na Terra Santa - e um apartamento decorado com mosaicos que mostram figuras geométricas e palmeiras em cores.
O arqueólogo Eli Yannai, diretor da escavação, informou que o edifício circular pode se tratar de um monumento a um milagre ocorrido ou para marcar a visita de um santo ao povoado.
Os pesquisadores que desenterraram as ruínas indicaram ter encontrado dois "mikves", cômodo destinada ao banho ritual e purificador, assim como símbolos cristãos: cruzes e lâmpadas de argila, além de inscrições em grego.
Algumas inscrições, redigidas em grego antigo, mencionam "a Mãe de Deus", uma oração cristã que era usada durante o período bizantino.
Além disso foram localizadas moedas de bronze com a inscrição: "Não há Deus além de Deus, e seu profeta é Maomé", relatou Yannai.