Doença da Terra pode ter causado maior extinção da história.
A nova teoria diz que houve milhões de anos de "estresse ambiental".
WASHINGTON - A maior extinção já registrada, que deu cabo de 90% das espécies do planeta, ocorreu há 250 milhões de anos. Não foi a que levou ao fim dos dinossauros e, segundo pesquisa que será apresentada na próxima semana por pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia, também não foi desencadeada por um meteoro.
A chamada extinção do Permiano-Triássico, ou P-T, segundo o cientista David Bottjer, aconteceu porque "a Terra ficou doente". Bottjer, lidera um grupo que reuniu diversas novas peças do quebra-cabeça. Um dos membros da equipe, Matthew Clapham, descobriu que a biodiversidade e as mudanças climáticas estavam "desconectadas" muito antes da extinção. As condições no planeta vinham se deteriorando muito antes de as espécies começarem a sumir.
"As pessoas pensavam nessa grande extinção em massa como um carro batendo num muro", disse Bottjer. Em vez disso, a nova interpretação mostra que o registro geológico preserva "milhões de anos de estresse ambiental".
A equipe de Bottjer testa a teoria de que um aquecimento global, somado uma desaceleração das correntes marítimas, dificultou a reposição do oxigênio consumido pela vida marinha. De acordo com essa hipótese, os micróbios teriam sarturado os oceanos com resíduos tóxicos.