Imagens de cratera abrem janela para o passado de Marte.


As imagens são importantes porque dão pistas sobre o passado geológico de Marte, explicam cientistas.

AE-EFE

Nasa
O promontório "Cabo Frio", na borda da cratera Victoria. À direita, uma cratera menor, a "Sputnik"

WASHINGTON - A Nasa apresentou nesta sexta-feira as mais recentes imagens produzidas pelo robô Opportunity, que se encontra junto à cratera Victoria, em Marte. Essas fotografias representam uma das mais ricas fontes de informação geológica sobre o planeta, por conta das camadas de rocha aparentes na encosta da cratera.

Além das imagens feitas pelo Opportunity, os cientistas apresentaram também uma imagem feita pelo satélite Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), que sobrevoou a Victoria a uma altitude de 275 km. O Opportunity é visível nessa foto.

"As imagens da Victoria são importantes porque nos dão pistas sobre o passado geológico de Marte. É um exemplo de como nossas missões se complementam", disse o diretor do programa de exploração de Marte da Nasa, Doug McCuistion.

A Victoria tem diâmetro de 800 metros e profundidade de 75 metros. É a maior cratera explorada, até agora, pelo robô.

As imagens divulgadas, em cores de alta resolução, foram feitas a partir de 28 de setembro e revelam padrões nos estratos rochosos. "Há variações nas camadas sedimentares, conforme se desce pela cratera. Isso nos diz que as condições ambientais não se mantiveram constantes", diz o cientista Steve Squyres.

O objetivo agora é levar o Opportunity para dentro da cratera. O robô está circundando a borda, em busca de uma via de acesso - e egresso.

O robô já superou sua "expectativa de vida" - o período em que os cientistas esperavam que funcionasse adequadamente em Marte - em dez vezes. O Opportunity chegou a Marte juntamente com um robô idêntico, o Spirit, em 2004. O robô Spirit enfrentou algumas dificuldades durante o inverno marciano de 2006, incluindo defeito em uma de suas rodas, mas também continua enviando dados científicos para Terra.