Pesquisa sobre radiação do cosmos leva Nobel de física.
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Os cientistas americanos John Mather e George Smoot são os vencedores do prêmio Nobel de física deste ano, segundo anúncio feito nesta terça-feira na Suécia.
A Academia Sueca de Ciências premiou a pesquisa dos dois sobre aspectos da radiação cósmica de fundo em microondas (RCFM). O prêmio é de US$ 1 milhão. De acordo com a academia, o trabalho de Mather e Smoot ajudou cientistas a entenderem mais sobre o começo do universo e as origens das galáxias. Mather, de 60 anos, é astrofísico da Goddard Space Flight Center, de Maryland, entidade ligada à agência espacial americana Nasa. Smoot é professor da universidade de Berkeley, na Califórnia. Ambos trabalharam com o satélite Cobe, da Nasa, lançado em 1989. O satélite fez as primeiras medições precisas de RCFM. Evolução A RCFM é a “luz mais antiga” no Universo – e foi gerada 380 mil anos depois do Big Bang, como é conhecida a explosão que deu origem ao Universo há pouco menos de 14 bilhões de anos. Cientistas dizem que alguns aspectos da RCFM dão indícios sobre a evolução do cosmos. A RCFM tem sido chamada de “eco” do Big Bang. É a radiação formada quando o Universo esfriou a uma temperatura em que os átomos de hidrogênio começaram a existir. O satélite Cobe (sigla em inglês para Explorador Cósmico de Fundo) detectou flutuações na RCFM que foram atribuídas às estruturas que formam o Universo – as sementes das galáxias que aparecem nas grandes nuvens de gás quente que compunham o Universo no passado. O satélite também mediu a temperatura desta radiação de fundo. Recentemente a Nasa lançou a sonda Wmap, que explora com mais detalhes a RCFM. Arno Penzias e Robert Wilson, os primeiros cientistas a detectarem a RCFM, em 1965, também dividiram o prêmio Nobel da física em 1978. |