Imagem do Hubble mostra restos da destruição de estrela.


O remanescente da supernova fica a 1.000 anos-luz da Terra, na constelação de Cassiopéia.

HST
Os filamentos brilham com o calor gerado pela onda de choque, e as cores revelam os elementos presentes

WASHINGTON - Uma nova imagem gerada pelo Telescópio Espacial Hubble traz detalhes dos restos de uma explosão supernova conhecida como Cassiopéia A (Cas A). Este é o resíduo mais recente conhecido de uma supernova - a explosão de uma estrela - na Via-Láctea. A imagem do Hubble revela a estrutura intricada dos restos destroçados da estrela.

A imagem divulgada é uma montagem de 18 fotos feitas pela Câmara Avançada de Pesquisas (ACS) do telescópio, e mostra Cas A como um anel quebrado de filamentos. Essas gigantescas espirais de destroços brilham com o calor produzido pela passagem da onda de choque da explosão da estrela. As cores dos gases revelam sua composição: os filamentos em verde brilhante são ricos em oxigênio, os vermelhos e roxos, em enxofre e os azuis são feitos praticamente só de hidrogênio e nitrogênio.

Uma supernova como a que produziu Cas A é a morte explosiva de uma estrela tão pesada que entra colapso provocado pela própria gravidade. A estrela expele suas camadas externas numa explosão que pode, por alguns momentos, brilhar mais intensamente que toda a galáxia.

Cas A é relativamente jovem, com idade estimada em 340 anos. Fica a 1.000 anos-luz da Terra, na constelação de Cassiopéia. Explosões de supernova são a principal fonte de elementos químicos mais pesados que o oxigênio, que surgem nas condições extremas produzidas nesses eventos.