Elefantes mostram compaixão na morte e na doença, diz estudo.

Os animais mostraram um intenso interesse pelo cadáver, tocando-o com as patas e as presas.

EFE

LONDRES - Elefantes mostram um comportamento que lembra a compaixão ao lidar com mortos e doentes da própria espécie, diz estudo publicado na revista Applied Animal Behaviour Science. Um grupo de cientistas, encabeçado por Iain Douglas-Hamilton, de Oxford, chegou a essa conclusão depois de analisar vários exemplares da população de 900 elefantes da reserva nacional de Samburu, no norte do Quênia.

Os especialistas, que puderam acompanhar a movimentação dos animais graças a sensores rastreados via satélite, comprovaram que os animais se ajudam quando doentes, e parecem prestar uma espécie de homenagem aos mortos. O processo foi acompanhado quando uma elefanta, batizada Eleonor pelos pesquisadores, adoeceu e, depois, morreu.

Durante o período da doença, Eleonor recebeu apoio de uma elefanta de outra família, chamada de Grace, que tentava ajudá-la a acompanhar a manada, no final já sem êxito. Eleonor morreu no lugar onde havia parado para descansar pela última vez, e seu corpo foi visitado por elefantes de sua família e de outras quatro.

Os animais mostraram um intenso interesse pelo cadáver, tocando-o com as patas e as presas.