China ordena sacrifício de até 500 mil cães.

Serão abatidos todos os cachorros em um raio de cinco quilômetros das 16 vilas onde casos de raiva foram detectados, na província de Shandong.

SHANDONG, China - As autoridades chinesas lançaram nesta semana uma segunda onda de sacrifício em massa de cães para tentar conter um surto de raiva. Segundo dados oficiais, 16 pessoas já teriam morrido em conseqüência da doença neste ano na província de Shandong, ao leste do país.

Segundo as autoridades, serão abatidos todos os cachorros em um raio de cinco quilômetros das 16 vilas onde os casos de raiva foram detectados, sugerindo que até 500 mil cães podem estar ameaçados.

A ordem ocorre apenas dias após 50 mil cachorros terem sido mortos no sudoeste do país em resposta ao surto de raiva.

Críticas

O sacrifício em massa de cães gerou fortes críticas por parte de grupos ativistas pelos direitos dos animais.

O grupo Peta (Pessoas pelo Tratamento Ético de Animais) pediu um boicote de produtos chineses.

Correspondentes dizem que a China tem um histórico pobre em relação a proteção de animais e que não existem leis para coibir crueldade contra animais de estimação.

A matança anterior, no condado de Mouding, foi ordenada após a morte de três pessoas por raiva, incluindo uma menina de 4 anos.

Durante cinco dias, os cachorros foram mortos a pauladas nas ruas em frente aos seus donos. Outros donos mataram seus próprios animais, por meio de envenenamento ou choques elétricos.

A raiva é uma doença passada por animais contaminados com o vírus da doença. Ela ataca o cérebro e pode ser fatal, mas a doença pode ser prevenida por meio de vacinação.