Grandes macacos são os primatas mais inteligentes depois do homem.

 
"Nossos resultados implicam que é possível que a seleção natural favoreça um tipo de inteligência geral", diz um dos autores do trabalho.

EFE

WASHINGTON - Os grandes macacos, entre eles orangotangos e chimpanzés, são os primatas mais inteligentes depois do ser humano, superando os micos e lêmures, de acordo com estudo do Centro Médico da Universidade de Duke (EUA). "Está claro que algumas espécies podem desenvolver uma maior capacidade para resolver problemas específicos", disse Robert Deaner, diretor do estudo, publicado na revista Evolutionary Psychology.

Ele declarou ainda que "nossos resultados implicam que é possível que a seleção natural favoreça um tipo de inteligência geral em certas circunstâncias. Suspeitamos que isso tenha sido crucial na evolução do ser humano". Os psicólogos definem a inteligência com a capacidade de resolver problemas em situações imprevistas. É diferente da capacidade de interagir com o ambiente de certos animais - a de lembrar onde o alimento ficou enterrado, por exemplo.

De acordo com Deaner, testes de inteligência mostraram que algumas espécies são melhores que outras, mas os cientistas têm tido dificuldades em atribuir os resultados a diferenças no nível de inteligência. "O problema é que uma espécie pode resolver melhor um teste, não por ser mais inteligente, mas por estar mais adaptada àquela circunstância específica", explicou.

Levando todas essas questões em consideração, os pesquisadores criaram uma bateria de testes para primatas. De acordo com o estudo, o resultado foi claro.

"A pesquisa confirma a idéia de que há espécies mais inteligentes que outras. Os animais mais inteligentes são os grandes macacos, ou seja, os orangotangos, os chimpanzés e os gorilas, que superam outros macacos", disse Deaner.