Novo modelo explica pára-quedismo das aranhas.

Cientistas concluíram que os modelos matemáticos anteriores não explicavam as grandes distâncias que algumas aranhas conseguem percorrer em pleno ar.

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Duas aranhas sobre uma semente de capim. A de baixo começa a lançar um fio de teia para alçar vôo

LONDRES - Pesquisadores criaram um novo modelo para explicar como as aranhas são capazes de "voar" ou "planar" usando fios de teia - às vezes, cobrindo distâncias de centenas de quilômetros sobre mar aberto. Lançando fios de teia ao sabor da brisa, as aranhas cavalgam correntes de ar para longe do perigo e rumo a novos territórios.

A equipe da Rothamsted Research, um instituto ligado ao Conselho de Pesquisa de Ciências Biológicas e Biotecnologia da Grã-Bretanha, concluiu que os modelos matemáticos existentes para explicar o vôo das aranhas só seria capaz de dar conta do fenômeno em condições de ar perfeitamente calmo.

Esses modelos partiam do princípio de que os fios de teia seriam perfeitamente retos e rígidos, uma simplificação que reduzia o poder da teoria: ela era incapaz de explicar como as aranhas conseguiriam chegar a ilhas vulcânicas e a navios, sobrevoando o oceano.

O novo modelo permite que a teia se comporte de forma flexível e elástica. Quando isso acontece e a aranha se vê pega em ar turbulento, a teia pode sofrer contorções e escapar ao controle do aracnídeo, arrastando o animal por distâncias épicas.