Computadores criam simulação da atmosfera do Sol.
|
WASHINGTON - Pela primeira vez, pesquisadores desenvolveram uma simulação de computador que pode criar um modelo acurado da atmosfera exterior do Sol, a chamada corona. Financiado pela Nasa e pela Fundação Nacional de Ciências (NSF) dos EUA, o modelo computadorizado marca um avanço na previsão do "clima" espacial.
Simulando o comportamento da corona, os cientistas esperam conseguir prever a formação de labaredas e ejeções de massa coronais, grandes nuvens de gás ionizado emitidas pelo Sol. Essas previsões poderão ajudar a proteger astronautas contra a radiação gerada nesses eventos, além de reduzir os danos provocados a satélites, naves espaciais e sistemas de comunicação.
O modelo de computador foi baseado em observações, feitas por sondas, da atividade magnética na superfície solar, que molda e afeta a corona. A corona solar só é visível da Terra, sem o uso de instrumentos, durante eclipses, quando a Lua bloqueia a luz direta do Sol.
Como a física da corona ainda não é totalmente conhecida, a precisão da simulação melhorará com o conhecimento disponível sobre o fluxo de energia na atmosfera solar. Medições mais detalhadas da atividade magnética na superfície lunar serão feitas pelo Observatório de Dinâmica Solar, que deverá ser lançado em 2008.