Realidade virtual recria a evolução das galáxias.
As simulações de supercomputador partem da hipótese de as galáxias se formam no centro de halos de matéria escura.
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CHICAGO, EUA - Cientistas da Universidade Chicago reforçaram o caso em favor de uma versão da origem do Universo que explica a disposição das galáxias no espaço. Numa simulação realizada em um supercomputador, os pesquisadores mostram como a matéria escura, um material invisível de composição desconhecida, guiou a matéria luminosa do universo para longe de seu estado uniforme inicial e levou à formação da intricada rede de galáxias e aglomerados de galáxias que existe atualmente.
Estudos anteriores, realizados por muitos cientistas, já haviam confirmado muitos dos aspectos dessa teoria do envolvimento da matéria escura na conformação atual do Universo, conhecida como cenário da matéria escura fria. A equipe de Chicago levou o trabalho adiante, comparando resultados de simulações de computador com as observações astronômicas mais detalhadas disponíveis. O que encontraram foi um ajuste excelente.
"O modelo que usamos é muito, muito simples", disse o astrofísico Andrey Kravtsov. "Queremos ver como esse modelo funciona, com um mínimo de precondições".
Artigo com os resultados do estudo será publicado na edição de 20 de junho do Astrophysical Journal.
Simulações realizadas pela equipe de Kravtsov já haviam previsto que galáxias de diferente luminosidade deveriam se aglomerar de modo diferente na origem do universo e no momento atual. O artigo para o Astrophysical Journal corrobora a previsão.
As simulações de supercomputador partem da hipótese de as galáxias se formam no centro de halos de matéria escura. De acordo com esse esquema, esses halos oferecem um ponto focal onde a matéria comum, composta de hidrogênio, hélio e outros elementos se acumulam em forma gasosa.