Sonda fotografa contraste de paisagens na Lua.

Mesmo quem olha para a Lua com olho nu vê que há áreas brilhantes e escuras na superfície. Séculos atrás, as áreas escuras foram batizadas de "mares".

ESA
À esquerda, as terras altas da Lua; à direita, um dos "mares"

PARIS - Imagens feitas pelo Experimento Avançado de Produção de imagens da Lua (Amie, na sigla em inglês) a bordo da sonda Smart-1, da Agência Espacial Européia (ESA) mostram a diferença entre as regiões elevadas do satélite e as planícies, também chamadas de "mares".

A imagem das regiões altas foi feita por Amie em 22 de janeiro, de uma altitude de 1.112 km, com resolução de 100 metros por pixel. O centro da foto fica na latitude 26º Sul, longitude 157º Oeste. Já a imagem que mostra um "mar" foi feita em 10 de janeiro, de uma altitude 1.990 km e com resolução de 180 metros por pixel. O centro está em 27,4º Norte e 0,8º Leste.

Mesmo quem olha para a Lua com olho nu vê que há áreas brilhantes e escuras na superfície. Séculos atrás, as áreas escuras foram batizadas de "mares", possivelmente porque os observadores creditavam estar olhando para oceanos. Hoje, sabemos que não há água em estado líquido no satélite. Observações de telescópio mostram que os mares são planícies muito lisas, bem diferentes das chamadas terras altas, que têm montanhas e crateras.

A ciência descobriu que os mares são áreas de formação relativamente recente, geradas depois que grandes impactos penetraram a crosta da Lua, escavando bacias. lava líquida preencheu essas bacias, formando as grandes planícies. Como esses eventos se deram em tempos comparativamente recentes, o número de crateras nos mares é muito menor que nas terras altas