Alerta nos EUA para risco de suicídio ligado a antidepressivo.
Em 2004, a FDA ordenou que avisos fossem colocados nos rótulos dos antidepressivos, alertando para o risco de suicídio infantil.
AP-AE
WASHINGTON - O antidepressivo Paxil pode elevar o risco de comportamento suicida entre jovens adultos, informam o fabricante, GlaxoSmithKline, e a FDA, órgão do governo americano que supervisiona o mercado de medicamentos e alimentos. O alerta foi feito numa carta aos médicos. O princípio ativo do Paxil, a paroxetina, é comercializado no Brasil como Aropax, Pondera e Cebrilin, entre outros nomes comerciais. A carta de alerta vem acompanhada por mudanças no rótulo do Paxil e do Paxil CR.
Uma análise recente de dados produzidos em testes clínicos de cerca de 15.000 pacientes tratados com Paxil ou pílulas de placebo revelou uma maior freqüência de comportamento suicida em jovens adultos tratados com a droga, de acordo com a carta. A FDA informa que houve 11 tentativas de suicídio - nenhuma resultando em morte - entre os pacientes que receberam Paxil nos testes. Apenas um dos pacientes que tomavam placebo tentou suicídio.
Dado o pequeno número, os resultados "devem ser interpretados com cautela", diz a FDA. Oito das 11 tentativas foram feitas por pacientes com idades entre 18 e 30. Todos os participantes do teste sofriam de problemas psiquiátricos, incluindo depressão grave.
Na carta aos médicos, o diretor de desenvolvimento clínico da GlaxoSmithKline para psiquiatria clínica da América do Norte diz que a companhia continua a crer que seus benefícios compensam os riscos. A FDA avisa que todos os pacientes tratados com Paxil, especialmente jovens adultos e os que estão apresentando sinais de melhora, devem ser monitorados de perto.
Em 2004, a FDA ordenou que avisos fossem colocados nos rótulos dos antidepressivos, alertando para o risco de suicídio infantil.