Risco de humanos contraírem o mal da "vaca louca" é maior que o esperado.
LONDRES - Mais pessoas do que se pensava podem estar em risco de contrair a doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD), a versão humana do mal da "vaca louca", segundo um estudo publicado nesta segunda-feira pela revista The Lancet Neurology.
Este risco se deve ao longo período de incubação da doença e a possibilidade de que possa ser transmitida através de transfusões de sangue e instrumentos cirúrgicos, de acordo com cientistas da Unidade de Vigilância Nacional de CJD e o Instituto de Saúde Animal de Edimburgo, Escócia.
Após uma pesquisa em ratos, os analistas chegaram à conclusão de que a CJD pode permanecer no organismo durante anos sem que apresente nenhum sintoma.
Acredita-se que a CJD, que afeta o cérebro e causa mudanças na personalidade, passa do gado para os humanos através do consumo de carne infectada com a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), mais conhecido como o mal da "vaca louca".
Segundo os analistas, foram registrados 161 casos de CJD no Reino Unido.