China se une à busca internacional de antimatéria.

56 instituições de 16 países participam de projeto para detectar partículas do espaço exterior que ajudarão a revelar a existência ou não da antimatéria.

EFE

PEQUIM - O único laboratório chinês equipado com um Espectrômetro Alfa Magnético (AMS, na sigla em inglês) já começou a detectar partículas do espaço exterior que ajudarão a revelar a existência ou não da antimatéria, informa nesta segunda-feira a agência Xinhua.

O centro, situado na cidade de Nanning, faz parte do projeto internacional AMS liderado pelo professor Samuel C.C. Ting (Prêmio Nobel de Física em 1976), do qual participam 56 instituições de 16 países.

"Durante o período de testes, o laboratório chinês detectou sinais de partículas energéticas no espaço exterior que nos ajudarão a entender os mistérios da astrofísica", disse o professor Ting.

O detector busca antimatéria no espaço através da detecção de antinúcleos nos raios cósmicos e, segundo está previsto no projeto, sua segunda geração (o AMS-02) será instalado na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) em 2008.

Dentro do projeto do professor Ting, o laboratório chinês fornecerá também apoio técnico, diagnóstico de erros no sistema e estabelecerá uma rede de processo de dados para o AMS-02.

Segundo Ting, caso o AMS-02 não detecte antimatéria durante sua estadia de três anos na ISS, será preciso revisar os modelos de evolução do Universo.