Vibrações magnéticas são mostradas em cores pela primeira vez

Vibrações magnéticas são mostradas em cores pela primeira vez

Vibrações de magnetização foram capturados pela primeira vez por uma câmera, revelando um arco-íris de cores. Nunca antes haviam sido geradas imagens de pulsações magnéticas induzidas na freqüência da luz visível. A experiência, feita por cientistas da Universidade de Manchester, Inglaterra, foi publicada na revista Nature.

As cores são produzidas quando um novo tipo de material, criado pelos cientistas, é exposto à luz. As vibrações magnéticas induzidas no material são tão fortes que elas alteram a cor do material de amarelo para verde. Estas vibrações supostamente seriam impossíveis em um material natural.

O material artificial, criado em colaboração com o Instituto Chernogolovka de Tecnologias Microeletrônicas, da Rússia, e com a Universidade de Aston, na Inglaterra, possui propriedades ópticas "não naturais" e pode ser um precursor de uma "lente perfeita", focando imagens para mostrar características menores do que o próprio comprimento de onda da luz.

Toda a pesquisa realizada foi baseada na teoria de outro cientista inglês, John Pendry, que lançou a idéia de se gerar respostas magnéticas em compósitos não magnéticos.

"Esta descoberta poderá ser um marco para a óptica e poderá ajudar a tornar realidade os materiais canhotos na faixa da luz visível, que prometem a possibilidade da criação da lente perfeita. Ela também poderá nos fornecer os recursos para a construção de novos dispositivos ópticos, como spasers e nanolasers," diz o cientista Alexander Grigorenko.

O novo nanomaterial foi criado recobrindo-se uma placa de vidro com pares de minúsculos pilares de ouro, cada um com cerca de 100 nanômetros de altura. Os pesquisadores descobriram que a luz interage com estas estruturas, induzindo correntes que criam vibrações magnéticas entre os pares de pilares, alterando a propriedade de reflexão. Assim, embora seja recoberto por ouro, o material possui propriedades ópticas diferentes do próprio ouro.

Os pesquisadores também demonstraram que a permeabilidade negativa - uma condição necessária para se construir um material canhoto, com índice de refração negativo - é possível de ser alcançada para ondas da luz visível.

Aplicações potenciais para o novo material e suas propriedades únicas incluem: lentes menores e "inteligentes", lasers miniatura que poderão ser construídos no interior de chips de computador, químicos ultra-sensíveis e bio-detectores.

Publicação 08/12/05  site: inovacaotecnologica.com.br