Temporada de furacões termina quebrando recordes.
A pior temporada de furacões já registrada no Oceano Atlântico termina oficialmente nesta quarta-feira, mas os meteorologistas já alertam que o próximo ano pode ser tão ruim quanto 2005.
Este ano foi marcado pela grande destruição no Caribe e no sul dos Estados Unidos provocada principalmente pelos furacões Katrina e Wilma.
Apesar da data de encerramento oficial do que os especialistas consideram ser a temporada de furacões, ainda há pelo menos uma tempestade, batizada de Epsilon, em formação no oceano. De acordo com informações do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, Epsilon, que é acompanhada de ventos de 85 km/h no Atlântico Central, não deve chegar a nenhuma ilha ou continente, mas pode provocar ondas perigosas em Bermuda, no Caribe. Delta Enquanto isso, pelo menos sete pessoas morreram e mais de 200 mil pessoas ficaram sem luz na terça-feira nas Ilhas Canárias, território espanhol perto da costa da África. O arquipélago foi atingido pela tempestade tropical Delta, com ventos de mais de 150 km/h. O balanço da temporada de furacões deste ano enfileira quebras de recordes. Foram registradas 26 tempestades – o máximo de furacões num só ano era 21, há 70 anos. O número de tormentas foi tão alto que, após usar todas as letras do alfabeto latino para denominá-las, os especialistas tiveram de começar a usar letras gregas. O Katrina, que devastou a costa do Golfo do México americana, foi o desastre natural que trouxe maior prejuízo material na história do país. Um mês depois, Wilma foi o furacão de maior intensidade de que se teve notícia na história do Oceano Atlântico. No total, 13 tempestades atingiram o status de furacão, outro recorde. Além disso, três deles foram considerados furacões de categoria 5. Especula-se que o aumento da ocorrência de furacões seja conseqüência do aquecimento global. Dois estudos científicos estabeleceram correlações entre o que se viu na região e as mudanças climáticas do planeta. Especialistas da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos advertem que, se o ciclo de furacões continuar da forma que esperam, a região deve continuar a sofrer com uma alta freqüência de tempestades por vários anos. |