União Européia declara que gripe do frango é "ameaça global".
Ministros das Relações Exteriores dos 25 países-membros da União Européia (UE), fizeram uma reunião emergencial nesta terça-feira para tratar da gripe do frango, que foi considerada uma "ameaça global", e requer "uma ação internacional".Apesar disso, o Comissário de Saúde da Comissão Européia, Markos Kyprianou, afirmou que a presença da gripe do frango no sudeste da Europa "não aumenta o risco de uma pandemia". Nesta segunda-feira, a Grécia anunciou ter constatado o primeiro caso de gripe do frango no país. Outros 12 casos foram reportados na Romênia nesta terça-feira.
A UE deve banir a venda de aves vivas da região da Grécia até que os testes sobre o tipo de vírus que infectou as aves de uma granja na ilha de Chios.
A venda de aves da Turquia e da Romênia já foi banida da UE, depois que testes confirmaram que, em ambos os países, os animais estavam infectados com o vírus da gripe do frango conhecido por H5N1 --o mais agressivo, e que foi responsável por mais de 60 mortes na Ásia, no ano passado. Especialistas também fazem testes em aves da Bulgária e da Croácia.
O ministro britânico das Relações Exteriores, Jack Straw, afirmou após o encontro que os representantes dos países da UE procuraram "se certificar de que há planos de contigência por toda a Europa".
Mutação
Apesar de ter infectado 117 pessoas na Ásia no ano passado, e matado 60 delas, o vírus H5N1 --na sua forma atual-- não infecta humanos tão facilmente.
Autoridades dizem temer que aves migratórias espalhem o vírus e que, nesse processo, haja uma mutação que pode transformá-lo em um agente muito mais poderoso contra humanos.
Os países da UE começaram a instaurar medidas de biossegurança para a detecção imediata do vírus, mas há reservas quanto ao número de vacinas disponíveis no continente, caso a doença se espalhe.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda que os governos mantenham estoques de vacinas para inocular ao menos 25% da população.
Membros da UE afirmaram, entretanto que alguns países como Islândia, Noruega e Liechtenstein têm apenas 10 milhões de vacinas para 500 milhões de pessoas.
Com agências internacionais