Satélite europeu vai medir o derretimento polar.

Concepção artística do satélite CryoSat (imagem: Agência Espacial Européia)
Medições do CryoSat serão as mais precisas já feitas sobre o degelo
A Agência Espacial Européia está lançando neste sábado um satélite para monitorar os efeitos do aquecimento global sobre as calotas de gelo polares.

O satélite, chamado CryoSat, tomou seis anos para ser construído.

Um dos cientistas que coordenam a missão, Duncan Wingham, disse que o objetivo do lançamento é medir a alteração da espessura da camada de gelo nos dois pólos para verificar a rapidez com que estão mudando.

O satélite está equipado com um sofisticado radar para medir a altura e o ângulo das superfícies de gelo com uma precisão sem precedentes.

Medições anteriores de satélites e locais indicaram um rápido derretimento em algumas regiões, principalmente no Oceano Ártico, onde a extensão da camada de gelo chegou ao seu mínimo histórico durante o último verão do Hemisfério Norte.

Foguete convertido

O CryoSat será lançado a bordo de um foguete russo Rockot, que foi convertido a partir de um míssil balístico intercontinental SS-19. Durante a Guerra Fria, os SS-19 estavam equipados com armas nucleares.

O lançamento está previsto para as 19h02 (12h02 de Brasília) da base de Plesetsk, na Rússia.

O satélite, que custou 135 milhões de euros (cerca de R$ 370 milhões) deve ficar em operação por pelo menos três anos.

Ele é o primeiro de uma série de lançamentos da Agência Espacial Européia no projeto Earth Explorer (Explorador Terrestre). O projeto tem missões de custo relativamente baixo para ajudar a esclarecer questões ambientais importantes.