artigos • 8Out '2005
Satélite europeu vai medir o derretimento polar.
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Medições do CryoSat serão as mais precisas já feitas sobre o degelo |
A Agência Espacial Européia está lançando neste sábado um satélite para monitorar os efeitos do aquecimento global sobre as calotas de gelo polares.
O satélite, chamado CryoSat, tomou seis anos para ser construído.
Um dos cientistas que coordenam a missão, Duncan Wingham, disse que o objetivo do lançamento é medir a alteração da espessura da camada de gelo nos dois pólos para verificar a rapidez com que estão mudando.
O satélite está equipado com um sofisticado radar para medir a altura e o ângulo das superfícies de gelo com uma precisão sem precedentes.
Medições anteriores de satélites e locais indicaram um rápido derretimento em algumas regiões, principalmente no Oceano Ártico, onde a extensão da camada de gelo chegou ao seu mínimo histórico durante o último verão do Hemisfério Norte.
Foguete convertido
O CryoSat será lançado a bordo de um foguete russo Rockot, que foi convertido a partir de um míssil balístico intercontinental SS-19. Durante a Guerra Fria, os SS-19 estavam equipados com armas nucleares.
O lançamento está previsto para as 19h02 (12h02 de Brasília) da base de Plesetsk, na Rússia.
O satélite, que custou 135 milhões de euros (cerca de R$ 370 milhões) deve ficar em operação por pelo menos três anos.
Ele é o primeiro de uma série de lançamentos da Agência Espacial Européia no projeto Earth Explorer (Explorador Terrestre). O projeto tem missões de custo relativamente baixo para ajudar a esclarecer questões ambientais importantes. |