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Mais de um milhão de pessoas estão deixando a costa do Golfo do México |
Mais de um milhão de pessoas estão tentando deixar regiões da costa dos Estados Unidos no Golfo do México em antecipação à passagem do furacão Rita, que se desloca em direção ao Estado do Texas
Um congestionamento de até 160 km formou-se nas vias ao norte da cidade de Houston, no Texas. As estradas na cidade portuária de Galveston também estão congestionadas.
De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, o furacão de categoria 5, com ventos de 265 km/h, é "potencialmente catastrófico" e pode chegar à região até o sábado.
Autoridades de Houston estimam que até 1,2 milhão de pessoas devem deixar a cidade, que, com 2 milhões de habitantes, é uma das mais populosas dos Estados Unidos.
O prefeito de Houston, Bill White, disse que não há veículos suficientes para retirar todos os moradores de áreas vulneráveis e pediu a pessoas que tenham carros para ajudar amigos e vizinhos.
"Todo mundo está com medo, é por isso que estamos todos indo embora", disse uma moradora da cidade, Maria Stephens à agência de notícias Reuters. "Eu vi (na televisão, quando o furacão Katrina passou) as pessoas nos abrigos e os corpos boiando na água. Eu não quero que isso aconteça com a minha família."
A Nasa (Agência Espacial Americana) anunciou o fechamento temporário do Centro Espacial de Houston e transferiu o controle da Estação Espacial Internacional para a Rússia.
Emergência
Embora acredite que a tempestade vá enfraquecer até chegar a terra firme, o Centro Nacional de Furacões ainda prevê que o Rita deverá atingir o Texas como "um poderoso furacão, pelo menos de categoria 3".
Segundo meteorologistas, este pode ser o furacão mais forte a atingir o Texas e um dos mais poderosos já vistos em território americano. E ainda há uma possibilidade de ele ter impacto também sobre o Estado da Louisiana e o norte do México.
Um dos maiores temores diz respeito a Nova Orleans, na Louisiana, que ainda não se recuperou dos efeitos arrasadores do furacão Katrina e está com o seu sistema de diques vulnerável.
O presidente americano, George W. Bush, declarou estado de emergência no Texas e a Louisiana. "Nós esperamos e rezamos para que o Rita não seja uma tempestade devastadora. Mas temos que nos preparar para o pior", disse Bush.
"Mais intenso"
Rita é a 17ª tempestade da temporada de furacões no Atlântico, uma das mais movimentadas desde que os registros foram iniciados, em meados do século 19. A temporada se estende até o fim de novembro.
O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos informou que Rita já é o terceiro furacão mais intenso já registrado na Bacia do Atlântico "em termos de pressão".
O Katrina era um furacão de categoria quatro quando chegou à costa americana do Golfo do México.
Autoridades federais, muito criticadas pela resposta ao Katrina, colocaram equipes de resgate em alerta e prepararam caminhões com água, gelo, comida e remédios.
O furacão Rita ganhou força nas águas quentes do Golfo do México, depois de causar chuva forte no litoral de Cuba e no sul do Estado americano da Flórida.
Nesta quarta-feira, foi confirmado que o número de mortes provocadas pelo Katrina chegou a 1.036, a maioria (799) na Louisiana. |