Quantidade de pesticidas triplicou na América Latina, diz FAO.

Muitos pesticidas foram banidos devido ao perigo tóxico
A quantidade de substâncias tóxicas geradas por pesticidas obsoletos ou em desuso na América Latina triplicou, de acordo com o Fundo para Agricultura e Alimentos das Nações Unidas (FAO).

"As estimativas anteriores, baseadas em informações proporcionadas por países da região, indicavam que havia umas 10 mil toneladas de produtos químicos que precisavam ser eliminados", disse Mark Davis, coordenador do programa de Prevenção e Eliminação de Pesticidas Obsoletos da FAO.

"Agora o panorama é mais preocupante, porque o número está muito maior, com estimativa entre 30 mil e 50 mil toneladas."

Muitos pesticidas que eram usados em atividades agrícolas foram proibidos na medida que os efeitos negativos dos químicos foram revelados.

Em alguns países latino-americanos, os pesticidas foram deixados em galpões ou simplesmente enterrados, o que pode vir a ocasionar danos aos moradores dessas regiões e ao meio-ambiente.

Países

A FAO encontrou as maiores quantidades de pesticidas na Colômbia, na Bolívia e no Paraguai.

Recentemente, as forças de segurança colombianas encontraram cerca de 5 mil toneladas de um agente químico em um local onde se planejava construir um complexo residencial.

No Paraguai, as medidas tomadas para apagar um incêndio na capital do país em 2003 provocou uma contaminação do rio Paraguai, ocasionando intoxicação de povoados em suas margens.

Já a Bolívia, de acordo com o comunicado da FAO, "precisa de cerca de US$ 3 milhões para eliminar os pesticidas e colocar em vigor medidas para lidar adequadamente com as substâncias perigosas".

O organismo da ONU trabalha em nove países da região em campanhas para alertar sobre o problema e estima que sejam necessários US$ 100 milhões para erradicar por completo os pesticidas.

O Brasil não é citado no documento.