Amamentação beneficia pressão arterial em bebês, diz estudo.

Segundo estudo, quanto mais longa amamentação maior o benefício
Um estudo realizado na Grã-Bretanha indica que a amamentação é benéfica para a pressão arterial dos bebês.

Em artigo publicado na revista especializada Archives of Disease in Childhood, os pesquisadores da Universidade de Bristol afirmam ter descoberto que o efeito de receber o leite materno é tão positivo para a pressão arterial de uma criança quanto o ato de diminuir o consumo de sal ou o de fazer exercícios físicos em um adulto.

Ainda segundo os cientistas, quanto mais tempo o bebê for amamentado, maiores os benefícios.

O estudo avaliou 2 mil crianças da Dinamarca e da Estônia para investigar se havia uma relação entre a amamentação e uma variedade de condições que podem levar a problemas coronarianos.

Dieta e condição social

Após medir altura, peso e estágio de desenvolvimento de cada bebê, os pesquisadores descobriram que aqueles que receberam apenas o leite materno durante pelo menos seis meses apresentavam uma pressão sistólica cerca de 1,7 mm Hg mais baixa que a das demais crianças.

O padrão, aliás, foi notado nas crianças dos dois países, independente de sua condição social e das dietas a que foram submetidas depois de desmamar.

Quando um adulto corta o consumo de sal, sua pressão sistólica cai, em média, 1,3 mm Hg. A prática de exercícios físicos, por sua vez, derruba a pressão em cerca de 0,7 mm Hg.

Apesar dos resultados, os motivos pelos quais o leite materno pode proteger contra a pressão alta ainda são desconhecidos.

Mas os pesquisadores suspeitam que isso seja resultado de uma longa cadeia de ácidos graxos poliinsaturados, que está presente no leite materno e não nos leites reconstituídos existentes no mercado.

A comunidade científica também acredita que a amamentação também protege o bebê de infecções.

Para as mães, o aleitamento reduz o risco de desenvolver osteoporose e câncer de ovário.