Você sofre de falta de objetividade?
Há pessoas que planejam ilusões, sonhos, sem objetividade alguma. Definir como meta, por exemplo, ser feliz é o cúmulo da falta de objetividade. Ninguém faz nada contra a própria felicidade de caso pensado, portanto ser feliz não é uma meta.É fácil identificar uma pessoa que não possui objetivos claros de vida. Basta perguntar-lhe quais são seus planos para o futuro. Excluindo os que não têm idéia alguma, que alegam serem guiados pelo destino, ou que simplesmente dizem que fazer planos não dá certo; encontramos os que se utilizam da generalização para referir-se aos seus planos e da abstrata idéia de futuro. São os eternos sonhadores, romantizam seu destino, imaginando o melhor dos mundos, mas não conseguem enxergar o futuro com clareza. Com freqüência dizem um dia chegarei lá; quero ser um vencedor, um dia realizarei meus sonhos; um dia ainda fazer/terei/conquistarei isto; no futuro pretendo fazer tal coisa; meu sonho é ter/fazer/ser qualquer coisa; quando tiver tempo, vou fazer isto... E não é raro encontrar pessoas que se consideram determinadas, com objetivos, que dizem saber onde querem chegar, mas na realidade não conseguem conceber a idéia de futuro. Nada é mais falso e enganoso, até perigoso, do que um futuro vago. Um dia, não existe. No futuro, não existe. Quem diz que um dia fará tal coisa, provavelmente nunca fará. Não há nada mais vago do que a expressão no futuro..., pois sem a determinação de tempo, sem o quando, o futuro dura para sempre e nunca acontece.
Na maioria das vezes, esse comportamento serve como mecanismos de defesa contra a falta de objetividade, falta de perspectiva, desorganização e o terrível desconhecimento quanto aos próprios objetivos reais.
Grande parte das pessoas tem medo de não ter objetivos, temem tornar-se pessoas sem perspectiva, sem destino certo. No entanto, não percebem que já se tornaram, seguem a trilha da vida empurrando com a barriga, pisando somente no terreno conhecido por onde outros já passaram. Numa tentativa inconsciente e desesperada de esconder a verdade de si mesmas, criam sonhos, objetivos fantasiosos, às vezes até realizáveis, mas como possuem aquela aura mágica, utópica dos sonhos, permanecem nos planos do futuro eternamente.
Não há caminho certo para quem não sabe aonde vai, diz o ditado. Sonhos por si só são vagos, irreais. Se você um dia pretende realizá-los, coloque os pés no chão, defina bem o que quer da vida e comece a planificar seus objetivos; só assim sua aparência utópica passará a ser vista com clareza e objetividade. A organização é fundamental. Colocar tudo no papel é a garantia de que você não vai se perder em meio à fantasias novamente. Após definir qual o seu norte, para onde você quer ir, trace o caminho, a estratégia para chegar lá.
Esse procedimento fará com que você, se é o seu caso, saia do grupo dos eternos sonhadores que vêem o futuro como uma miragem no deserto, e passe ao grupo dos que sabem o que querem da vida e enxergam o futuro como um lugar definido que pode ser alcançado de forma clara e objetiva.