Falha na memória da célula pode provocar câncer, diz estudo.
Uma família de enzimas pode provocar o câncer ao sabotar a memória das células, sugere pesquisa feita pela Pesquisa do Câncer da Grã-Bretanha e pelo Instituto Babraham, na cidade britânica de Cambridge.
Cada vez que uma célula se divide, ela tem que lembrar quais de seus genes têm que ser ativados ou desativados. Se essa memória é prejudicada, o desenvolvimento das células é perturbado e pode se formar um câncer. O estudo científico mostrou que determinadas enzimas podem alterar essa memória genética. Evidências dessa interferência foram encontradas em grande proporção de tumores. Os pesquisadores descobriram que uma enzima envolvida na formação do sistema imunológico conhecida como AID também pode alterar o processo pelo qual genes são desligados por uma mudança na estrutura de seus componentes. Quando a enzima AID age de uma maneira descontrolada sobre um gene-chave, este gene vai ser ativado no lugar errado ou na hora errada, disse o pesquisador Svend Petersen-Mahrt. Isto poderia interferir no controle costumeiro do comportamento das células, levando ao desenvolvimento de características cancerosas como crescimento descontrolado. O estudo foi ainda o primeiro a encontrar AID em células-tronco, sugerindo que a enzima desempenha um papel nos estágios primordiais de seu desenvolvimento. |