Milagre da amizade.

A Amizade torna os fardos mais leves, 
porque os divide pelo meio. 
A Amizade intensifica as alegrias, 
elevando-as ao quadrado 
na matemática do coração. 

A Amizade esvazia o sofrimento, 
porque a simples lembrança do amigo 
é lenitivo com jeito de talco na ferida. 

A Amizade ameniza as tarefas difíceis, 
porque a gente não as realiza sozinho. 
São dois cérebros e quatro braços agindo. 

A Amizade diminui as distâncias. 
Embora longe, o amigo seja alguém perto de nós. 

A Amizade enseja confidências redentoras: 
problema partilhado, percalço amaciado, 
felicidade repartida, ventura acrescida. 

A Amizade coloca música e poesia 
na banalidade do cotidiano. 

A Amizade é a doce canção da vida 
e a poesia da eternidade. 
O Amigo é a outra metade da gente. 
O lado claro e melhor. 

Sempre que encontramos um amigo, 
encontramos um pouco mais de nós mesmos. 
O Amigo revela, desvenda, conforta. 

É uma porta sempre aberta 
em qualquer situação. 
O Amigo na hora certa, é sol ao meio dia, 
estrela na escuridão. 

O Amigo é bússola e rota no oceano, 
porto seguro da tripulação. 
O Amigo é o milagre do calor humano 
que Deus opera no coração.