Sonda Cassini fotografa "lado escuro" dos anéis de Saturno.
A sonda Cassini-Huygens fotografou os anéis de Saturno sob a sombra do planeta a uma distância de 618 mil quilômetros da superfície.
Nasa/JPL/SSI |
A sonda é um projeto conjunto das agências espaciais dos EUA (Nasa), Europa (ESA) e Itália. Ela foi lançada em 1997 com o objetivo de estudar Saturno e orbitará o planeta por quatro anos para estudar sua atmosfera, seus anéis e sete de seus satélites naturais: Titã, Tétis, Dione, Rhea, Hyperion, Mimas e Epimeteu.
A sonda Huygens, parte européia do projeto, se desprenderá da Cassini no dia 25 de dezembro, pouco antes do segundo encontro com Titã, e iniciará um pouso lento em sua superfície, operação que, se tudo correr bem, deverá ser concluída em 14 de janeiro de 2005.
Não está prevista nenhuma descida a Saturno, pois a atmosfera do enorme planeta gera pressões muito superiores às registradas no fundo do mar, e a tecnologia atual é incapaz de produzir artefatos que a suportem.
Com diâmetro superior a 120 mil quilômetros, o planeta tem superfície equivalente a 83 mil vezes a da Terra, mas é quase totalmente formado por gases, a ponto de sua densidade média total ser inferior a 1 (a da água destilada).
A Cassini-Huygens é o primeiro artefato humano a entrar na órbita de Saturno, uma manobra complicada, pois para frear a sonda teve que entrar numa órbita calculada milimetricamente 7 anos e bilhões de quilômetros antes. Uma órbita a poucos quilômetros de distância de Saturno teria mandado a sonda para fora do sistema solar. Alguns quilômetros mais perto, a teria mandado para a destruição contra a superfície do planeta.
Antes da viagem da Cassini-Huygens, Saturno foi fotografado à distância por duas sondas Pioneer e duas Voyager, que passaram perto do planeta e usaram seu campo gravitacional para impulsioná-las para fora do sistema solar.