Astrônomos americanos descobriram onze novas luas orbitando em torno de Júpiter, o maior planeta do sistema solar. Agora, Júpiter tem 39 satélites conhecidos, mais do que qualquer outro planeta do nosso sistema.
As luas foram descobertas por uma equipe da Universidade do Havaí. Elas medem de dois a quatro quilômetros de diâmetro e são consideradas muito pequenas.
Os quatro maiores satélites de Júpiter, Io, Europa, Calisto e Ganimedes, foram avistados por Galileu, em 1610.
A nova descoberta foi confirmada na quinta-feira e foi possível graças ao uso das maiores câmeras digitais do mundo.
Tecnologia
"A tecnologia está avançando ao ponto de o número de satélites do sistema solar ter dobrado por causa das novas descobertas. Isso é extraordinário", disse Donald Yeomans, pesquisador de um laboratório espacial na Califórna (EUA), à agência Associated Press.
De acordo com ele, a descoberta feita no Havaí é importante não só pelo número de novas luas, mas também por causa de suas características.
Esses satélites giram na direção oposta a de Júpiter, e não, como de costume, seguindo o sentido da órbita do planeta.
Isso pode mostrar que os satélites foram formados em outro lugar no espaço e capturados pela órbita do planeta.
"O grande mistério é que agora Júpiter não teria condições de capturar esses satélites. Isso deve ter ocorrido há muito tempo atrás quando o arranjo do sistema era diferente", disse David Jewitt, líder da equipe que descobriu as novas luas, à Associated Press.
Scott Sheppard, da equipe de Jewitt, afirmou que espera encontrar novos satélites ao redor de Júpiter.
"Nossa estimativa é que existam cem satélites com mais de um quilômetro de diâmetro."
As novas luas não vão ser batizadas até que os astrônomos observem uma volta completa em torno do maior planeta do sistema solar, o que leva 600 dias.
"Estamos descobrindo tantas luas, que não teremos tantos nomes para batizá-las", completou Sheppard, em entrevista à Associated Press. |